A princípio, vale destacar que o boxer é um cão muito forte e resistente. Meu anjinho, por exemplo, com apenas 2 meses e meio de vida resolveu que ia aprender a voar e rolou pela árvore que dava pra varanda de nossa casa se estatelando no quintal, numa queda de uns 7 metros. Acordei assustada e descobri que, depois disso, ele estava dormindo tranquilamente, sob uma cadeira do quintal, como se nada tivesse acontecido.
Os cuidados com o boxer são bem básicos, ao trazê-lo para nossa família, demos as três doses da vacina octupla, o vermifugamos, usamos o anti pulga e demos a vacina anti rábica quando tinha idade para isso. Desde então, procuramos levá-lo uma vez ao ano ao veterinário, para tomar as vacinas e verificar se está tudo bem com ele. Graças a Deus o Ludwig nunca teve nenhum problema de saúde, só tem umas unhas chatas que só gastam nas patinhas traseiras e as da frente ficam parecendo que são do Zé do Caixão. E, claro, ele parece um cigano romeno cheio de superstição e não nos deixa cortar as unhas de jeito nenhum.
O boxer, de modo geral, é sempre descrito como um cão muito leal e companheiro. E sei que todo dono coruja acha o seu cão o mais lindo e perfeito do mundo. Eu não sou diferente! Tenho certeza absoluta que o Ludwig me entende perfeitamente bem. Isso é fato. Ele não é treinado, não sabe fazer truques ou gracinhas, mas entende todos os meus comandos e percebe o que quero pelo tom de minha voz. Aliás, ele age de acordo com a personalidade dos seus donos. Eu, sou mais de fazer carinho, dar cafuné, então, comigo, ele é todo fofo e, geralmente menos bruto, embora às vezes eu ganhe uns arranhões, pois ele é muito forte, pesado e afoito. Já com o meu marido ele brinca mais de pular, pegar e todas essas burrices de homem. Mas, não importa quem, o boxer é um cão que gosta de companhia. Não adianta comprar brinquedos caros e legais, ele sempre vai preferir estar com você. Pegue qualquer porcaria e brinque com ele que você terá o cão mais feliz do mundo. Seu negócio é gente! Isso significa, pelo menos no caso do meu, que não resolve muito ter um outro cão para brincar, pois isso representa competição e os boxers são territorialistas, gostam de mostrar quem é que manda e isso pode levar a problemas.
Antes do Ludwig, meu marido tinha o Wolfgang, outro boxer, que passou a agir como um lord inglês entediado quando trouxemos aquele filhote agitado que era o Lud para casa. Ele ignorava o cachorrinho, nada de querer brincar e, depois de um tempo descobrimos que o Wolf fazia algumas besteiras e sempre pensávamos que era o menor, que era repeendido. Sem vergonha!
Isso me lembra de dizer que esses cães são muito inteligentes, mas como diz o seu amigo Vitor, “eles usam a sua inteligência pra te sacanear”. Sim, os nossos boxers, pelo menos, tem um senso de humor terrível. Você manda pegar e o Ludwig pula em cima de você. Você falava pro Wolf “vai ver o que é” e o cachorro se mandava primeiro. Você falava para o Costelinha parar e ele fazia a besteira olhando pra sua cara. Fora isso, aprendem rápido a usar o banheiro e a conviver no espaço que tem, mas até um ano fazem todas as besteiras que qualquer cachorro faz... pegar o que não deve, destruir o que você deixa ao alcance, etc.
Por falar nele, em outro época, trouxemos o Frederic para casa, um boxer branco, lindo, lindo, também conhecido por Costelinha, que era uma espécie de Taz branco. Ele fez o Lud de mãe e aprontou tudo o que pode. Mas não conviviam bem no espaço de um apartamento. Então, resumo da história, mais de um boxer só quando tiver meu sítio. Aí sim, eles terão espaço pra correr, brincar e não implicar um com o outro.
Aqui onde moro o boxer é um cachorro comum, mas observo neles que a maioria é indiferente aos demais cachorros, não acham a mínima graça. Alguns poucos, chegam mesmo a não gostar de outros cães. Penso que esse é o meu único problema com o Ludwig. Não sei se por ele não ter convivido com vários cães desde filhote, mas é um problema sair com ele, pois ele te arrasta pra chegar nos outros cães, late e fica completamente diferente do que é em casa. Como tenho medo dele brigar ou atacar outros cães, procuramos sair com ele em horários de menos movimento, mas sei que isso não é o ideal e penso em buscar um adestrador para tentar mudar esse comportamento. Acho muito importante a socialização entre cachorros, para que ele se sinta mais tranquilo e confiante e para que possamos sair com ele a qualquer hora, porque sempre foi um desejo meu ter um cão que pudesse me acompanhar em caminhadas e passeios.
De modo geral, o que sinto e que já comentamos aqui em casa, é que dividimos o apartamento com o Ludwig. Ele é perfeitamente um membro de nossa família, com suas características, personalidade e vontades. E é respeitado como tal. Só falta ele pegar uma mochila, a chave de casa e passear sozinho!
Aprendemos a ter nossas vidas levando em consideração a presença de nosso amigo, embora nem todos entendam isso ou respeitem a nossa posição. Mas, amor não se explica. E nós o amamos muito.
Amei o post! e o que é aquela foto do costelinha em cima do Ludi???????rssssssssssssssssssss
ResponderExcluirConheço esses cachorros.
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